A evolução da mobilidade urbana: de onde viemos e para onde vamos

Foto:Prefeitura de Londrina
A partir de uma visão histórica, entenda melhor a origem dos problemas e as perspectivas de soluções para o nosso trânsito diário
Congestionamentos, trânsito caótico, acidentes constantes…Esse cenário é tão comum nas cidades brasileiras que até parece que sempre foi assim e sempre será. No entanto, vamos ver a seguir que, para a surpresa de muitos, a mobilidade urbana também tem uma história, com passado, presente e perspectivas para o futuro. E o primeiro ponto essencial para entender essa história é saber que ela está intimamente ligada ao processo de desenvolvimento das cidades.
Até a década de 1940, no Brasil, a população rural ultrapassava a urbana e os automóveis eram muito pouco vistos nas ruas. Os meios de transporte que predominavam eram o trem, a charrete, o cavalo e os bondes movidos a energia elétrica. A partir do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o processo de urbanização se intensificou, assim como a migração dos trilhos ferroviários para o asfalto, consequências do investimento na indústria automobilística.
Com isso, principalmente a partir de 1950, o desenvolvimento dos grandes centros foi sendo moldado pelo uso do carro, com a priorização do modelo rodoviário e a expansão das vias. Além disso, outros fatores, como reduções fiscais e facilidades de crédito para a compra, contribuíram para estimular a ideia do carro como principal meio de transporte, em detrimento do transporte coletivo e de outros meios. O resultado está no presente – o excesso de veículos nas ruas e os conhecidos problemas de mobilidade urbana que vivenciamos na atualidade.
Perspectivas para o futuro
Já vimos como chegamos aos problemas de hoje, mas e daqui para frente como será? A boa notícia é que as perspectivas para o futuro são de mudanças, baseadas nos pilares da sustentabilidade e da integração. De acordo com os últimos estudos realizados, a principal característica do futuro da mobilidade será a integração eficiente entre as diferentes formas de locomoção, com ênfase nos meios ativos (que dependem da força humana, como bicicletas, patinetes, a pé) e no transporte público.
Assim, será cada vez mais comum as pessoas poderem usar a bicicleta, deixar em um terminal urbano, tomar o ônibus e usar a bike no retorno, por exemplo. No Plano de Mobilidade Urbana de Londrina, que aponta as diretrizes e propostas para os próximos 20 anos, uma das características é exatamente essa: promover a mobilidade sustentável, com formas integradas de deslocamento.
Dessa forma, é possível perceber que a tendência futura dos modais é exatamente a oposta de como era no passado, quando as cidades foram se desenvolvendo: se antes o interesse individual falou mais alto pelo investimento em automóveis, hoje vemos o contrário com a priorização do transporte público e suas integrações com outros meios, tendo em vista assim, o bem coletivo.
Agência Marcão Kareca Assessoria de Imprensa Por Gisleine Durigan

