Crescimento da Geração Z traz impactos em padrões econômicos e sociais

Consumo mais consciente e sustentável faz parte de característica da geração
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a chamada Geração Z, pessoas nascidas a partir de 2000/2001, vai representar 32% da população mundial, neste ano, em 2019. Assim como nas demais áreas, como cultura, economia, política, educação, entre outras, as diferenças nas gerações também causam impacto nas características do trânsito e da mobilidade. Com o crescimento da Geração Z e suas peculiaridades de desapego à posse, as relações de consumo estão mudando em um ritmo cada vez maior. Dessa forma, os especialistas acreditam que hábitos e alternativas de consumo mais sustentável, também no trânsito, será uma tendência em desenvolvimento nos próximos anos, principalmente, nas grandes cidades.
Pela primeira vez, o grupo vai superar a geração conhecida como Millenials ou Y, nascidos entre 1980 e 2000, que, por sua vez, respondem por 31,5% da população. De acordo com estudiosos, a Geração Z, também chamada de pós-millenials, é a primeira de ‘nativos digitais’, pessoas que já nasceram com a internet e o celular na mão. Assim, novas tecnologias, aplicativos e conectividade fazem parte de algo comum para esses jovens.
Nesse contexto, a economia de compartilhamento é fortalecida, uma vez que essa geração busca o consumo mais consciente e sustentável. Serviços como Uber e Airbnb, por exemplo, e aplicativos de mobilidade urbana, como o Moovit, ganham espaço no cotidiano dos jovens. Diferente de sua antecessora, a Geração Y, mais preocupada com a posse de bens duráveis e individuais, a Geração Z tem mais interesse pela coletividade e a autoconsciência, buscando aliar seu estilo de vida com o que acredita.
Sua relação com o tempo também é marcada por diferenças, dificilmente conseguem se ocupar apenas com uma única tarefa, destinando a atenção para diversos afazeres. São pragmáticos, têm urgência e não suportam a sensação de perder tempo. Por isso, também não veem sentido em passar horas no trânsito em congestionamentos ou filas, buscando alternativas para o deslocamento, como o transporte coletivo.
No histórico das gerações, além dos Millenials ou Y, e da Geração Z, ainda são identificados, segundo os pesquisadores, os chamados Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1959) e a Geração X (1960 a 1979), sendo cada um dos grupos portador de determinadas características. Os Baby Boomers, que viveram o contexto mundial de pós-guerra e, no Brasil, o período de ditadura e repressão, são tidos como mais idealistas e revolucionários.
Já a seguinte, Geração X, que viveu a hegemonia do capitalismo mundial e a transição política brasileira, é classificada como mais materialista e individualista. Tais características também são próximas da geração seguinte, a Y ou Millenials, que viveu a globalização e o surgimento da internet, embora, esta última tenha rompido alguns padrões de sua geração antecessora, sendo mais questionadora e com visão global.
Agência Marcão Kareca | Assessoria de Imprensa
Por Gisleine Durigan
Foto: teambuilding