Grande fluxo de veículos em Londrina requer alternativas para melhorar o trânsito

Estudo sobre mobilidade urbana na cidade vai apontar as diretrizes para futuras intervenções
Londrina não para de crescer. Com economia forte e constante desenvolvimento, a cidade atrai um número cada vez maior de pessoas e, com isso, o fluxo de veículos também tem crescido de forma exponencial. Consequentemente, problemas no trânsito como congestionamentos e acidentes têm se tornado comuns, fazendo especialistas pensarem em soluções.
De acordo com o Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina), algumas características da cidade, como a presença de córregos e fundos de vale, acabam dificultando o fluxo no trânsito, já que são obstáculos que comprometem o deslocamento. Um dos exemplos é o trecho da avenida Maringá próximo ao lago Igapó, que sofre com constantes congestionamentos.
Outra dificuldade, segundo o Ippul, são as rodovias que cortam a cidade no sentido transversal, como a BR-369, que causam gargalos no trânsito. Um dos problemas é o fluxo de veículos entre a zona norte e a região central, como no trecho da avenida Brasília (BR-369) com a avenida Duque de Caxias, principalmente, em horários de pico.
Para o estudo de todas essas áreas problemáticas, além da pesquisa sobre os meios de transporte usados e hábitos de deslocamento, está sendo elaborado, desde 2018, o PlanMob (Plano de Mobilidade Urbana), atendendo também a determinação de uma lei federal. O projeto, que está sendo realizado por uma empresa contratada por meio de licitação, tem como objetivo elaborar um completo levantamento sobre a mobilidade em Londrina, indicando todas as necessidades de obras viárias.
Para obter os dados, o PlanMob conta com entrevistas em cinco mil domicílios, definidos por amostragem que represente todas as faixas de renda; entrevistas com seis mil pessoas no tráfego da cidade, em 50 pontos de entrada e saída de Londrina; pesquisa de opinião com 1500 pessoas sobre a qualidade dos serviços de transporte e trânsito e entrevistas com 600 ciclistas sobre a malha cicloviária. Além disso, o projeto realiza outras formas de pesquisa como contagens volumétricas em pontos de maior tráfego. Após a coleta dos dados, será elaborado o Plano de Mobilidade Urbana com planejamento para os próximos 15 anos.
De acordo com os dados do IBGE, Londrina possui, atualmente, uma frota de 386.798 veículos. Para especialistas, a priorização do transporte individual, em detrimento do sistema coletivo e de outras formas de deslocamento mais sustentáveis, é um grande problema nas cidades. No entanto, a solução, segundo os pesquisadores, passa por uma visão ampla que contemple a viabilidade e o estímulo a outros meios de transporte e não só a resolução de questões pontuais.
Agência Marcão Kareca | Assessoria de Imprensa
Por Gisleine Durigan