Pandemia provoca mudanças na mobilidade urbana

Foto:Leonardo Pelisson
Tendências como a desvalorização do carro e a sustentabilidade ganham força na quarentena
A pandemia de coronavírus trouxe grandes impactos em diversas áreas e a mobilidade urbana, evidentemente, não poderia ficar de fora. O isolamento e o distanciamento social trouxeram muitas mudanças, proporcionando novas experiências e a adoção de diferentes estilos de vida. Assim, muitas tendências que já estavam se desenvolvendo, agora são fortalecidas, como a desvalorização do carro e a sustentabilidade.
Logo na primeira semana de quarentena, no final do mês de março, as vendas de carros novos, no Brasil, caíram cerca de 90%. De acordo com os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre os dias 21 e 27 de março, a média diária de vendas de carros no país caiu para 427 veículos, enquanto na semana anterior à quarentena, a média foi de 4.424 carros emplacados diariamente. A diferença representa uma queda de 90,3%.
Segundo os especialistas em mobilidade urbana, com as mudanças trazidas pela pandemia, haverá um aumento pela procura de meios de transporte mais sustentáveis e alternativas ao uso de automóveis. Os carros deixarão de ser tão valorizados como símbolos de status e ostentação e, com isso, outras opções ganharão mais espaço.
Em todo o mundo, as ações coletivas têm aumentado e isso também se reflete nas formas de deslocamento, apontam os estudiosos. O isolamento social e o momento de pandemia levam as pessoas a valorizarem mais as questões relacionadas à saúde e ao bem-estar da sociedade como um todo e não só os interesses individuais. Dessa forma, o uso de modais como a bicicleta, o transporte coletivo e, mesmo, a caminhada devem ser priorizados, buscando uma melhor qualidade de vida e um cotidiano mais saudável para todos.
Agência Marcão Kareca Assessoria de Imprensa Por Gisleine Durigan

