Plano de Mobilidade Urbana de Londrina é apresentado na Câmara Municipal

Foto:Divulgação
Plano traz os projetos para os próximos 20 anos
Nesta semana, um passo muito importante foi dado para o desenvolvimento e o futuro de Londrina-PR. Em reunião pública, com transmissão on-line, o Plano de Mobilidade Urbana da cidade foi apresentado à Câmara de Vereadores, na última quarta-feira, dia 27. A apresentação foi realizada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL) e a empresa LOGIT Engenharia, órgãos responsáveis pela elaboração do plano.
Durante a reunião, a diretora-presidente do IPPUL, Denise Ziober, o gerente da Logit Engenharia, Thiago Meira, e Caio Pieroni, engenheiro que realizou os estudos em Londrina, discutiram os principais pontos do Plano de Mobilidade, que traz as projeções e projetos para os próximos 20 anos. Como apontou Ziober, a mobilidade urbana vem sendo um tema recorrente, associado à qualidade de vida, por isso é muito importante traçar um planejamento adequado às necessidades das pessoas.
Para a elaboração do Plano de Mobilidade, que começou em 2018, foi realizado um amplo diagnóstico sobre a situação atual da cidade, identificando as características de diversos aspectos do município como planejamento urbano, sistemas de transportes, obras viárias, as formas de deslocamentos dos moradores, pontos de maior tráfego, entre outros. Na pesquisa, foram feitas mais de 21.800 mil entrevistas, além de estudos com levantamento e sistematização de informações que foram agrupadas em um grande banco de dados.
Apontamentos
De acordo com o gerente da Logit Engenharia, Thiago Meira, um dos principais pontos que a pesquisa revelou é o alto uso do automóvel pela população de Londrina, superior ao de cidades de mesmo porte como Joinville (SC), Mogi das Cruzes (SP) e Cuiabá (MT). Nessas cidades, por exemplo, o uso do transporte público é bem maior do que em Londrina. Assim, uma das propostas do Plano de Mobilidade é priorizar as vias para o transporte público, com canais exclusivos para os ônibus, adaptação das rotas e demais adequações para tornar esses deslocamentos mais rápidos e dinâmicos.
Outra proposta apresentada é ampliar a rede cicloviária da cidade, melhorando as conexões entre as ciclovias já existentes e implementando novas faixas, criando uma infraestrutura interligada. Além disso, o plano propõe melhorias para os pontos de estacionamento de bicicletas e criação de ciclovias recreativas, para passeios e lazer.
A segurança dos pedestres também foi um ponto abordado pelo Plano de Mobilidade, que prevê ações como melhorar a qualidade das calçadas, com rampas e pisos táteis, a criação das chamadas “rotas acessíveis” – rede de acesso às principais áreas de prestação de serviços de saúde, educação e assistência social, nos locais com maior fluxo de pedestres e a implantação do Plano Travessias Seguras, com o objetivo de reduzir a mortalidade de pedestres em travessias nas rodovias.
Antes de ser encaminhado como Projeto de Lei ao Legislativo, o plano ainda passara por adequações, para contemplar as soluções necessárias. “O Plano de Mobilidade precisa ser muito mais que uma lista de investimentos em infraestrutura, ele tem que considerar a visão da cidade e da qualidade de vida de seus cidadãos, com a interação entre todos os modos de transporte”, ressalta Denise Ziober.
Agência Marcão Kareca Assessoria de Imprensa Por Gisleine Durigan

